lunes, 23 de diciembre de 2013

Intel vai desenvolver processadores de 18 núcleos

A Intel está a planear o fabrico de um processador de 18 núcleos que vai motorizar servidores e workstations que podem chegar ao mercado em 2015. O fabricante norte-americano também estará a trabalhar em novos processadores ultra low voltage para tablets.

A informação avançada pela cnet, que cita o site VR-Zone, indica que a Intel está a planear uma nova geração de processadores de 18 núcleos que vão integrar servidores e workstations. A arquitetura, com o nome de código Broadwell, vai tirar partido de técnicas de fabrico mais eficientes que permitem colocar mais núcleos em cada bolacha de silício. Os novos processos de fabrico vão passar a ser de 14 nanómetros, enquanto os atuais usam 22 nanómetros.
A cnet cita outro site, CPU World, e avança que a arquitetura Broadwell (a chegar a meio de 2014), vai integrar processadores de muito baixa voltagem de dois núcleos, chipset gráfico de média gama (GT2) e 8 GB de memória. Tudo isto, pode vir a dar aos tablets o desempenho de ultrabooks e autonomias que atinjam as 24 horas de utilização. 


lunes, 16 de diciembre de 2013

Malware é capaz de infectar computadores por ondas de som

Um grupo de cientistas desenvolveu um protótipo de malware que traz, no mínimo, preocupação. Capaz de ir de um computador para outro por meio de sinais de som inaudíveis, a ameaça pode transmitir senhas e outros dados sensíveis mesmo a máquinas não conectadas à internet.
As informações são do ArsTechnica, e os responsáveis pelo desenvolvimento do software são pesquisadores do Instituto de Comunicação, Processamento de Informações e Ergonomia de Fraunhofer, na Alemanha. Mas os usuários ainda podem ficar tranquilos, já que o programa ainda não passa de um conceito – apesar de ter sido revelado pouco depois de relatos envolvendo uma ameaça chamada badBIOS, que funcionava de forma parecida.
Para criar o protótipo do malware, os cientistas utilizaram dois notebooks Lenovo T400, comuns, e diferentes métodos de transferência de dados por sons inaudíveis. O que se mostrou mais eficaz é baseado em um software criado originalmente para transferir dados debaixo d’água, e dependeu apenas dos microfones e dos alto-falantes embutidos nas máquinas.
O modem com o Sistema de Comunicação Adaptável (ACS, na sigla em inglês) conseguiu passar os dados entre os computadores a uma distância de quase 20 metros. Parece pouco, mas, segundo o ArsTechnica, uma “corrente” de máquinas poderia retransmitir o sinal diversas vezes para atingir locais e dispositivos ainda mais distantes – precisariam só de microfones e alto-falantes funcionais.

Ameaça pode transmitir senhas e outros dados sensíveis mesmo a máquinas não conectadas à internet.

A transferência por meio de ondas de som ainda tem suas limitações, claro – especialmente se for baseada no ACS. A largura de banda, por exemplo, é pequena, trabalhando na casa dos 20 bits por segundo. Isso torna impossível passar arquivos maiores de um computador para outro, mas já é o suficiente para transmitir dados pequenos, como senhas e outras informações sensíveis. Ou seja, na teoria, para se aproveitar dos métodos de transmissão por som, bastaria a um invasor “configurar” o malware para focar em um tipo específico de dado.
Proteção
A pesquisa dos cientistas alemães não trouxe à tona apenas a possibilidade de contaminar máquinas por ondas sonoras. Entre outras informações, há meios de se proteger de eventuais ataques “pelo ar”. O estudo mostra que “um filtro de som pode ser usado para controlar qualquer fluxo de informações baseado em áudio”, por exemplo.
Outra opção seria “um sistema que detecta áudios ‘intrusos’”. Ele “poderia analisar qualquer entrada e saída de som”, detectando assim “sinais modulados ou mensagens escondidas na gravação”

lunes, 9 de diciembre de 2013

Próxima geração dos cabos USB finalmente terá encaixe reversível


Confesse: quantas vezes você teve de olhar na entrada USB do seu notebook ou computador para acertar o lado em que o dispositivo deve ser encaixado? Não é algo tão grave, mas com certeza é irritante, principalmente quando se está com pressa para abrir algum arquivo.
Mas calma, porque a boa notícia é saber que esse problema está com os dias contados. O grupo USB 3.0 Promoter anunciou nesta quarta-feira (4) um novo modelo de conector USB que terá uma entrada reversível. Como informa o The Verge, o "Type-C" vai permitir que você encaixe seu pendrive ou cabo USB independente da posição da peça, já que tanto a parte de cima como a de baixo serão iguais.
O novo padrão USB Type-C não é a única mudança nesse tipo de conexão, que virá com um design mais moderno e suporte escalável de carregamento de energia, ou seja, para acompanhar a demanda de gadgets que precisam de mais eletricidade ou carga rápida. Além disso, o encaixe será menor com tamanho similar ao USB 2.0 Micro-B (entrada presente na maioria dos smartphones Android).
Apesar de ser um alívio para muita gente, o USB reversível já existe em conexões como a Lightning Bolt e a Thunderbolt, muito usadas em dispositivos da Apple. A diferença é que, agora, este será o padrão de todos os conectores USB disponíveis no mercado. No entanto, a chegada do Type-C deve gerar um certo desconforto para quem já não é acostumado com esse padrão, já que, assim como a USB 3.0, ainda deve demorar a ser popularizada.
Os primeiros periféricos equipados com a novidade, segundo a empresa, têm previsão de lançamento para meados de 2014. Mais informações sobre a próxima geração das entradas USB podem ser vistas neste PDF (em inglês).

miércoles, 4 de diciembre de 2013

IBM abre supercomputador ao resto do mundo

O Watson ganhou em 2011 um concurso televisivo de cultura geral. Agora, pode ser utilizado para aplicações e serviços.

A IBM decidiu transformar o supercomputador Watson, que se celebrizou por ter ganho um concurso televisivo, num sistema que pode ser utilizado através da Internet para desenvolver aplicações e serviços.

O Watson é um computador com inteligência artificial, que é capaz de interpretar a linguagem natural dos humanos. Ganhou fama quando venceu o concurso Jeopardy!, nos EUA, em 2011. Trata-se de um concurso de cultura geral, em que os jogadores têm não apenas de ter conhecimentos, mas ser rápidos a assinalar que querem dar a resposta. Numa sessão especial do programa, o computador levou a melhor sobre dois antigos vencedores do concurso – e ambos tinham tido sucesso suficiente numa série de edições anteriores para ficarem milionários graças às respostas certas.

Agora, empresas, académicos e demais interessados poderão aceder à capacidade computacional do Watson, que passa assim a funcionar como uma plataforma. Para isto, é preciso apresentar à empresa uma proposta de utilização e esperar que esta seja aceite. A IBM não divulgou eventuais preços envolvidos.

Entre os serviços que já estão a ser desenvolvidos com o poder computacional do Watson estão um assistente pessoal de compras. Esta aplicação analisa os hábitos dos utilizadores, o historial de compras e todo o tipo de informação (como as características do produto e as críticas na imprensa especializada) para oferecer sugestões, sob a forma de diálogo. Por exemplo, o potencial comprador poderá perguntar: “Quero um carro que sirva para toda a família. O que devo comprar?”.

Uma outra empresa desenvolveu um serviço para ajudar os hospitais e instituições de saúde dos EUA a tomar decisões sobre o material que compram. Já no mês passado, a IBM fez uma parceria com uma universidade para que fazer com que o Watson aprenda medicina e possa vir a ajudar médicos.

O computador começou a ser desenvolvido em 2006, por uma equipa de investigação da IBM, uma empresa que tem uma tradição de criar supercomputadores para defrontar o intelecto humano, como aconteceu com Deep Blue, que derrotou – embora apenas à segunda tentativa – o icónico xadrezista Garry Kasparov, numa partida de seis jogos, em 1997.

No Jeopardy!, um dos desafios para a máquina era interpretar as pistas que conduzem à resposta certa. Por outro lado, o computador tinha de encontrar a resposta entre o manancial de informação que tinha armazenada, entre a qual todo o conteúdo da Wikipedia.

Para um humano, é fácil perceber que o significado de uma frase e identificar a informação relevante para uma determinada questão, mas o mesmo não acontece com os computadores. Tipicamente, os computadores são usados através de comandos próprios, mas têm vindo a ser desenvolvidos programas cada vez mais eficazes a interpretar a linguagem natural – por exemplo, os motores de busca esforçam-se por perceber aquilo que os utilizadores lhes estão a “perguntar” quando fazem uma pesquisa.

O sistema que a IBM está agora a disponibilizar é diferente daquele que foi levado ao concurso. Na altura, a empresa construiu uma máquina com um 2900 núcleos de processamento e 15 terabytes de memória RAM. Um computador portátil pode hoje ter 8GB de RAM – ou seja, cerca de 3800 vezes menos do que aquela versão do Watson. Porém, agora, os computadores Watson têm configurações mais modestas, com processadores entre 16 e 32 núcleos e 256GB de RAM A IBM pode pôr várias destas máquinas a trabalhar em simultâneo para aumentar a capacidade do sistema.

“O Jeopardy! foi seleccionado como o teste último das capacidades da máquina, porque se baseava em muitas capacidades cognitivas humanas que tradicionalmente estão para lá da capacidade dos computadores”, descreve a IBM, no site dedicado ao Watson. Estas capacidades incluem perceber significados ambíguos, ironia e rimas, responder de forma extremamente rápida e fazer “ligações lógicas subtis e complexas”. Num humano, descreve a empresa, “estas capacidades vêm com uma vida de participação em interacções humanas e em decisões, a par de uma imersão na cultura popular”.


Fonte:http://www.publico.pt/tecnologia/noticia/ibm-abre-supercomputador-ao-resto-do-mundo-1612718